Febre Oropouche: DF registra um caso da doença

  • 12/03/2025
(Foto: Reprodução)
Secretaria de Saúde confirmou ocorrência na tarde desta quarta-feira (12). Em 2024, Brasília teve três notificações, mas todos casos foram descartados. Febre Oropouche Divulgação/Sesab O Distrito Federal registrou um caso de Febre Oropouche. A ocorrência foi confirmada pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) na tarde de quarta-feira (12). 🔎Oropouche é uma doença infecciosa aguda causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae (saiba mais abaixo). De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, o paciente infectado não mora em Brasília e após investigação, o caso foi classificado como "importado de outra Unidade da Federação". Segundo a pasta, no ano passado o DF teve três notificações da doença, mas todos os casos foram descartados. A secretaria disse ainda que sobre o caso de 2025, não houve internação e o paciente já se recuperou. "Não há risco de contaminação no DF e a equipe continua monitorando todos os casos notificados", diz a Secretaria de Saúde. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. O que é a febre Oropouche e quais seus sintomas❓ A Febre Oropouche é transmitida principalmente por mosquitos. Depois de picarem uma pessoa ou animal infectado, os mosquitos mantêm o vírus em seu sangue por alguns dias. Quando esses mosquitos picam outra pessoa saudável, podem passar o vírus para ela. Segundo o Ministério da Saúde, a doença tem dois ciclos de transmissão: Ciclo Silvestre: Neste ciclo, os animais, como bichos-preguiça e macacos, são os portadores do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem ser portadores do vírus. Mas o mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo. Ciclo Urbano: Aqui, os humanos são os principais portadores do vírus. O maruim também é o vetor principal. Além disso, o mosquito Culex quinquefasciatus (o famoso pernilongo ou muriçoca), comum em ambientes urbanos, também pode ocasionalmente transmitir o vírus. Ainda segundo o Ministério da Saúde, os sintomas da doença são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Doença não tem tratamento O diagnóstico da Febre do Oropouche envolve uma avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial. Além disso, todos os casos de infecção devem ser comunicados, pois a doença é de notificação obrigatória devido ao seu potencial epidêmico e capacidade de mutação, podendo representar uma ameaça à saúde pública. Por isso, como clinicamente é difícil distinguir os seus sintomas com os da dengue, a vigilância epidemiológica (ações que promovem a detecção e prevenção de doenças) exerce um papel crucial no controle dos casos. O diagnóstico aumenta a suspeita clínica para outras doenças e permite uma análise laboratorial que pode revelar outras arboviroses, como a febre ou a dengue. Embora a Febre do Oropouche (FO) possa causar complicações sérias, como meningite ou encefalite, que afetam o sistema nervoso central, esses casos são raros. Apesar disso, a FO NÃO possui tratamento específico - assim como a dengue. O Ministério da Saúde recomenda que os pacientes descansem, recebam tratamento para os sintomas e sejam acompanhados por médicos. Como prevenir a doença? Evitar áreas com muitos mosquitos, se possível. Usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele. Manter a casa limpa, eliminando possíveis locais de reprodução de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas. Alerta para aumento de casos mais graves de Febre Oropouche LEIA TAMBÉM: OROPOUCHE: entenda origem, sintomas e tratamento COVID-19: apesar de controlada, doença exige cuidados; DF teve 4 mortes registradas em 2025 Leia outras notícias da região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/03/12/febre-oropouche-df-registra-um-caso-da-doenca.ghtml


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